estatisticaOs países da América Latina e do Caribe devem priorizar o fortalecimento de seus sistemas nacionais de estatísticas para que melhorem a construção e medição de indicadores, assim como a provisão de financiamento, para a conquista dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A estratégia foi defendida por representantes governamentais latino-americanos e caribenhos presentes em evento organizado pela CEPAL na semana passada na Cidade do México.

Onze países da América Latina e do Caribe apresentaram suas experiências, avanços e desafios na preparação de seus exames nacionais voluntários sobre o cumprimento dos objetivos e metas da Agenda 2030 durante o segundo dia do Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizado na capital mexicana e organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Em três mesas de trabalho, lideradas por representantes de Colômbia, México e Venezuela, autoridades de Argentina, Belize, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai fizeram apresentações sobre o caminho percorrido nesses países até o momento e os desafios pendentes para avançar na conquista das metas da Agenda 2030.

Segundo representantes governamentais, além do fortalecimento institucional e do financiamento, outros aspectos fundamentais que devem ser considerados no processo são a gestão da informação, a incorporação dos ODS nos planos nacionais de desenvolvimento, o envolvimento de todos os setores da sociedade — em especial o setor privado — e a coordenação interinstitucional, assim como a cooperação internacional entre países e com organismos do Sistema ONU.

“Da experiência dos países, vimos que quase todos os mecanismos de acompanhamento da Agenda 2030 estão associados às presidências, através dos ministérios e outras instituições estatais”, disse Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL durante os debates.

“É fundamental incorporar também os legisladores, toda a sociedade civil, o setor privado e a academia”, completou Bárcena. “Além disso, devemos utilizar instrumentos inovadores para o financiamento da agenda; que não pode se basear somente em recursos públicos. É necessário propiciar o investimento e a colaboração público-privada”, declarou.

Entre as experiências nacionais destacadas de acompanhamento da Agenda 2030 mencionadas pelos participantes estava o recentemente criado Conselho Nacional da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável do México, instalado pelo presidente Enrique Peña Nieto, e a Comissão Nacional para os ODS do Brasil, de caráter paritário, com oito representantes do governo e oito da sociedade civil.

O Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre o Desenvolvimento Sustentável foi encerrado na sexta-feira (28) com três mesas redondas dedicadas a diálogos sobre erradicação da pobreza e promoção da prosperidade em um mundo em evolução no marco do desenvolvimento sustentável, e sessões especiais sobre os meios de implementação da Agenda 2030, conclusões e recomendações.

Fonte: ONU

Países latino-americanos e caribenhos defendem fortalecimento dos institutos de estatística