Profissão segue no ranking das carreiras com melhores salários, informa Ipea;  mas faltam profissionais qualificados

O estatístico está em alta. Há uma constante corrida pelos profissionais. O motivo é simples. Empresas dos mais variados setores que se planejam e estudam cuidadosamente suas estratégias precisam de estatísticos. As pesquisas eleitorais e até as previsões sobre as chances de seu time cair para a segunda divisão do Campeonato têm a atuação de um estatístico. Em um mercado competitivo, esses profissionais, à frente de informações importantes, passaram a ser requisitados.

Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2013, entre 48 carreiras de nível superior, a estatística é a que apresenta a segunda melhor remuneração média no país: R$ 5.416 por mês. Só perde para os médicos, com ganho médio mensal de R$ 6.940.

No ranking geral das melhores carreiras, em que também foram avaliadas taxa de ocupação, jornada e cobertura previdenciária, a estatística ocupa a sexta posição — o primeiro lugar também ficou com a medicina. E a tendência é que os bons ventos continuem soprando.

“As oportunidades estão em todos os setores da economia: telecomunicações, saúde, mercado financeiro são alguns exemplos, e a maioria dos alunos sai da graduação com emprego garantido,” explica Doris Satie Maruyama Fontes, vice-presidente do CONRE-3 (Conselho Regional de Estatística da Terceira Região, que engloba São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

O problema é que falta gente qualificada no mercado. Uma explicação para isso é o reduzido número de alunos nos cursos de estatística e a falta de informações sobre o campo de atuação desse profissional.

Para sanar essa lacuna, o CONRE-3 tem atuado na divulgação do curso com o objetivo de tentar angariar mais alunos para a graduação, que tem fortes embasamentos de matemática, cálculo e teoria das probabilidades.

Para saber mais sobre a profissão: www.conre3.org.br

 

Mercado quer estatísticos