A Universidade Federal da Bahia (UFBA) recebeu aprovação para oferecer, no segundo semestre de 2024, os primeiros programas de Mestrado e Doutorado em Estatística e Ciência de Dados do Brasil. A proposta inclui um total de 13 membros permanentes das áreas da estatística, matemática e ciência da computação, além de três membros colaboradores das áreas de estatística e ciência da computação.

Prof. Paulo Canas, UFBA

“A base do programa de pós-graduação em Estatística e Ciência de Dados da UFBA assentará em uma formação metodológica sólida e uma vertente computacional abrangente. Além disso, serão ofertadas diversas disciplinas optativas nas áreas clássicas da estatística, bem como nas áreas de aprendizado estatístico de máquina, reconhecimento de padrões, séries temporais e processamento de sinais, visão computacional e inteligência artificial. O profissional formado terá uma base teórica sólida e conhecimento do estado da arte da sua área de atuação”, explica o Professor Paulo Canas Rodrigues, Professor e Chefe do Departamento de Estatística da UFBA.

A proposta do Mestrado será aprofundar o conhecimento em um campo específico e poderá incluir alguma pesquisa direcionada ou não para o mercado de trabalho. Já o Doutorado exigirá pesquisa original e fará uma contribuição significativa para a área de estudo.

Os alunos que terminam o Mestrado em Estatística e Ciência de Dados deverão: (i) ter um conhecimento sólido em metodologia estatística e conhecimento do estado da arte da sua área de atuação; (ii) estar familiarizados com a pesquisa científica na sua área de atuação e ter habilidade de executar pesquisa em áreas específicas da Estatística e da Ciência de Dados; (iii) ter capacidade de sistematizar metodologia estatística pertinente e usá-las através de ferramentas estatísticas e de ciência de dados, em instituições de ensino e pesquisa, empresas públicas e privadas, e órgãos do governo.

Os alunos que terminam o Doutorado em Estatística e Ciência de Dados deverão, além das competências dos alunos de mestrado: (i) ser capazes de conduzir pesquisa original e independente em áreas específicas da Estatística e da Ciência de Dados, com criação de redes de colaboração; e (ii) ter habilidades para assumir posições de liderança na área de Estatística e Ciência de Dados em instituições de ensino e pesquisa, empresas públicas e privadas, e órgãos do governo.

O docente acredita que os formados terão boa receptividade, tanto no mercado, quanto na academia, dado o aumento na demanda por profissionais qualificados em níveis nacional e internacional.

“Apesar de uma grande parte das ofertas de emprego serem para cargos de nível júnior/inicial e pleno/intermediário, a procura por estatísticos e cientistas de dados sênior também tem aumentado. Além disso, em muitos países e algumas áreas é essencial ter uma pós-graduação ao nível de mestrado e por vezes ao nível de doutorado para assumir cargos de gestão em médias e grandes empresas. Se a pós-graduação for em uma área quantitativa como Estatística e Ciência de Dados, acreditamos que a liderança poderá ser muito efetiva em uma era de enorme necessidade de transformar dados em conhecimento e tomadas de decisão. Dessa forma, tenho plena convicção de que o mercado irá saudar profissionais com este perfil. O que pretendemos com este programa é formar, não apenas estatísticos e cientistas de dados com competências técnicas sólidas, mas também líderes que venham a assumir posições de liderança em universidades e nos setores público e privado”, finaliza.

 

UFBA terá primeiros programas de Mestrado e Doutorado em Estatística e Ciência de Dados do Brasil